Alcanena
Permaneceram neste concelho, os árabes durante cerca 400 anos, sendo apontados como seus fundadores. No âmbito do património construído os edifícios históricos mais significativos são:
Igreja de Nossa Senhora da Graça – a matriz de Bugalhos que tem como pontos de interesse a decoração de azulejos datados do século XVII, azuis e amarelos e ainda as esculturas quinhentistas, em pedra, de S. Vicente e de Nossa Senhora da Graça.
Destaque ainda para as imagens de Santa Luzia e do Espírito Santo (século XVII e XVIII).
Igreja de Espírito Santo de Malhou – A igreja matriz de Malhou que se supõe datar de 1634, remete o seu valor aos azulejos que a decoram (século XVII) e às suas imagens, nomeadamente, a do Espírito Santo que segura um crucifixo, onde está pousada uma pomba (século XVI) e também à sepultura de Sebastião Duarte de Alviela, e de seu filho, datada de 1664.
Igreja do Espírito Santo de Monsanto – A igreja matriz de Monsanto. Datado de 1708, este templo barroco revela grande equilíbrio e excelentes proporções. Tem como referências de interesse o Portal, ladeado pelas imagens de S. João Evangelista e da Nossa Senhora da Conceição (esculturas em pedra de tamanho quase natural) e o seu interior, onde se encontra uma imagem do Espírito Santo (escultura em pedra do séc. XVII).
Igreja Matriz de Louriceira – Construção do início do séc. XVI, de carácter Manuelino, visível nas portadas laterais e nas três curiosas gárgulas zoomórficas. Destaca-se neste monumento o seu notável revestimento cerâmico e a abóbada arte zoada da capela-mor.
Quinta de Alviela – Solar do séc. XVIII, propriedade dos morgados de Alviela. Possui uma pequena capela dedicada a Santa Isabel. Na fachada do edifício principal aparece um conjunto interessante de três arcos de alpendre e uma escadaria que lhe confere nobreza. O Portal é ornamentado com escudo esquartelado de Henriques, Castros, Pedreiras e Vasconcelos-Ribeiro, encimado por uma cruz.
De entre os pontos de interesse histórico do concelho de Alcanena destacam-se as necrópoles neolíticas da Gruta dos Carrascos, a Lapa da Galinha e a Gruta da Marmota. Estas três necrópoles comprovam a ocupação pré-histórica desta região. As duas primeiras foram exploradas em 1908, num importante trabalho arqueológico, do qual resta abundante documentação escrita e um significativo espólio fotográfico.
Mais informações: http://cm-alcanena.pt
Ferreira do Zêzere
Depois de Santarém “Capital do Gótico” e de Tomar com o seu Património Mundial, é o concelho com maior número de monumentos classificados no Distrito passando por todo um património rico em monumentos que retratam a nossa história, como as Ermidas de Santo António, Nossa Senhora da Conceição (Carvalhais e Cardal), Senhora do “O”, São Tomé e Santa Catarina. As Igrejas de S. Luís de Tolosa, de S. Silvestre, de S. Miguel, de Santo Aleixo (matriz de Beco), de Ferreira do Zêzere. Em Todas elas há algo para descobrir e admirar: talhas douradas, azulejos do século XVII, esculturas, pinturas e tesouros de inigualáveis de arte sacra que asseguram a religiosidade das gentes. E um pouco por todo o lado, solares e Brazões dos Caldeira Vasconcelos, da Família Queiróz e Mello – enobrecem lugares. E com mais destaque temos:
Igreja Paroquial de Dornes – A sua fundação é atribuída à rainha Santa Isabel, no século XIII, mas reconstituída no século XV por D. Gonçalo de Sousa e merece especial atenção o seu interior, coberto de azulejos do século XVI (Altar Mor) e século XVII (Nave), o Órgão de tubos que brinca com o Templo, o belo Púlpito de rosetas lavradas em 1544 e um excelente conjunto de estatuária quinhentista.
A Torre de Atalaia de Dornes – Concelho de Ferreira do Zêzere- é um exemplar da arquitetura militar medieval (século XII), apresenta como especificidade a sua forma pentagonal e foi mandada erigir por Gualdim Pais sobre anterior base Romana.
Mais informações: https://www.cm-ferreiradozezere.pt/
Ourém
Terá tido os seus primeiros habitantes na era pré-romana, seguindo-se os romanos e depois os árabes, assim como pontos de interesse temos a Fonte Gótica, o Paço do Conde, o Ecomuseu do Olival (azenha e casa do moleiro).
Salienta-se o Castelo de Ourém – magnifico burgo medieval muralhado e situado num morro altaneiro, cuja construção remonta pelo menos ao Século XII (não se sabendo a data ao certo), tendo sido remodelado no Século XV. De planta triangular com três torres, que se destacam pela sua arquitetura veneziana. Apresenta no centro do recinto, uma cisterna subterrânea, para qual se desce por uma escada de pedra.
Igreja de Colegiada de Nossa Senhora da Misericórdia ou da Visitação – reconstruída em estilo barroco após o terramoto de 1755 que destruiu a primitiva Igreja da Colegiada, fundada em 1445 pelo Conde D. Afonso e da qual apenas se salvou a Cripta – uma admirável sala subterrânea situada sob o pavimento da capela-Mor da colegiada, com tecto abobadado e apoiado em seis colunas com capitéis lavrados que rodeiam o túmulo do Conde D. Afonso, decorado com estátua adjacente e emblema senhorial da autoria do escultor quatrocentista Diogo Pires-o-Velho.
Mais informações: https://www.ourem.pt/
Tomar
Podemos mencionar a Sellium, as Ermidas de São Gregório, de Nossa Senhora da Piedade, de São Lourenço, as Capelas de Santa Iria, Nossa Senhora da Conceição, de Santo António e as Igrejas como a Igreja da Misericórdia, de São Francisco (e Convento), o Padrão Filipino e o Sebástico, a Casa Vieira Guimarães, o Edifício do Turismo, Moinhos D’ El Rei, entre outros e com mais destaque:
O Castelo dos Templários – que passados oito séculos de história, muitos são os tesouros artísticos para lá das portas de Santiago. Aí se admiram, de perto as muralhas erguidas em 1160 por Gualdim Pais, a velha Alcáçova, a Torre de Menagem, a inacabada Casa do Capitulo, a fachada dos Paços do Infante D. Henrique e a Charola dos Templários.
A Charola dos Templários – torre e templo octogonal de traça bizantina e réplica do Santo Sepulcro, com altar-mor central preciosamente decorado, verdadeiro símbolo da Ordem dos Cavaleiros do templo que a partir de 1320 se tornou em Ordem de Cristo, da qual se destacam os quadros monumentais de pintura quinhentista (século XVI), da oficina de Jorge Afonso.
A Janela do Capítulo – esculpida nas primeiras décadas do século XVI, com um espetacular lavrado manuelino.
Sinagoga – considerado único espécime do género existente no país, remonta ao segundo terço do século XV, está exteriormente reduzido ao Portal Ogival lateral.
Interiormente os capitéis apresentam rica decoração geométrica e os cantos do Templo conservam ainda, as bilhas de cerâmica voltadas ao contrário fornecendo uma boa acústica.
Igreja de Santa Maria do Olival – da primitiva construção resta a belíssima fachada gótica assinalada pelo signum salomonis, verdadeira marca dos Cavaleiros dos Templários, contraposta na enorme rosálcia. Eleita na era dos Descobrimentos portugueses, como Matriz de todas as Igrejas de África, Ásias e das Américas, Santa Maria do Olival, é o símbolo da fé e da epopeia do Povo português. Mais tarde, nos reinados de D. Manuel e de D. João III é restaurada a Igreja e remodelado o edifício.
Igreja de São João Baptista – herdeira de uma antiquíssima Igreja românica. Deve a sua grandeza e arte gótica flamejante, da sua fachada ao Rei D. Manuel I. No seu interior encontramos a notável coleção de tábuas quinhentistas do Mestre Gregório Lopes.
Aqueduto dos Pegões – a primeira grande obra de engenharia do primeiro quartel do século XVII, da responsabilidade de Filipe da Terci, que sucede a Torralva na direção das obras do Convento de Cristo. Envolvido por um panorama deslumbrante este majestoso aqueduto foi construído para levar água para o Convento.
Mais informações: http://www.cm-tomar.pt/
Torres Novas
Remonta a mais de um milénio o interesse suscitado a muitas civilizações por esta morada cujos atributos nunca deixaram de ser cobiçados. Atestam-no o inúmero e variado património existente, desde as Igrejas de São Salvador, de São Tiago, de São Pedro, de Nossa Senhora Do Carmo, de Santo António, da Misericórdia, senhoras de uma vasta e valiosa azulejaria seiscentista, passando pelos Edifícios de interesse histórico da Praça 5 de Outubro, a casa e ermida da Quinta da Torre de Santo António e a casa do Mogo do Melo até aos Moinhos da Pena. Destacando-se:
Castelo de Torres Novas – antiga fortaleza de onze torres, reconstruído por D. Sancho I e D. Fernando, tendo sido morada de Alcaídes famosos, hoje encontra-se cuidadosamente ajardinado e constitui um dos castelos medievais do nosso país em melhor estado de conservação.
Ermida de Nossa Senhora do Vale – considerado o mais antigo Templo de Torres Novas, foi remodelado no século XV, sendo característico pela sua entrada de alpendre e a simplicidade do seu estilo românico primitivo da era visigota. No seu interior podem admirar-se curiosas esculturas de pedra do século XVII, azulejos e tábuas.
Ruínas romanas de Vila Cardilio – situadas a cerca de três quilómetros de Torres Novas e postas a descoberto pelas escavações a cargo do coronel Afonso do Paço, a partir de 1962. Estas escavações permitiram descobrir um conjunto de alicerces, bases de colunas e pavimentos ornamentados com diversos padrões de “tesselas” pertencentes a uma antiga quinta romana composta por três elementos principais: entrada, peristilo e exedra.
Mais informações: https://www.cm-torresnovas.pt/
Vila Nova da Barquinha
Toda a sua história e cultura está intimamente ligada à atividade pescatória e ao tráfico fluvial no Zêzere e Tejo. No interior do concelho podemos encontrar vários monumentos de grande valor histórico e arquitetónico, que envolvem o visitante na história do concelho. De entre inúmeras igrejas, destacam-se a Igreja Matriz de Santo António, Misericórdia de Tancos, e as Capelas Roque Amador, do Senhor Jesus, Nossa Senhora dos Remédios.
O Castelo de Almourol – berço de lendas a que o imaginário das gentes deu corpo, é bem um baluarte Templário, reconstruído por Gualdim Pais em 1117, sobre um afloramento granítico no meio do rio Tejo. Hoje é considerado o ex-libris do concelho de Vila Nova da Barquinha.
A Igreja Matriz da Atalaia – considerada como Monumento Nacional em 1926, é um magnífico exemplar renascentista de cinco corpos distintos com portal lavrado com esmero. No interior, azulejos de grande efeito artístico do século XVII e um tesouro de arte sacra representado pelo cálice do século XVI, em prata dourada.
Mais informações: http://www.cm-vnbarquinha.pt/